26/06/13

Viagem

Largo tudo o que tenho e levo apenas roupa na mala. Pago mais um extra para levar duas malas 20 + 20kg. A aventura está quase a começar.

Chego ao aeroporto e dizem que só posso levar 20kg distribuídos por 2 malas e que teria que pagar 14€ e tal por cada quilo a mais. Como é que disse??? Se estava a dormir, acabei de acordar naquele instante disse ao senhor da EasyJect. Quem manda não ler todas as letrinhas? - pensei eu. Chama-se um abre olhos! Pelos vistos posso pagar sempre 20€ a mais por cada mala extra, não devo é ultrapassar os 20 kg distribuídos por 2, 3 ou 4 malas que vão no porão... é sempre outra forma de roubar à descarada ou então pagar ao preço de ouro cada kg a mais. Companhias LowCost só mesmo para viagens com mala de mão. Ligo de volta à A. e peço para voltar ao aeroporto para ir buscar a mala extra e que menos falta fazia. Aproveito para voltar a dar e receber um abração e penso: até já!

Dia 2 de maio, a uma distância de 3 horas e pouco aterro em Berlim. Mas que ideia, e logo Alemanha, não percebo nada de alemão. Sei dizer não e adeus, mas não sei escrever tais palavras. Ainda no aeroporto ando à procura da saída/exit, mas a primeira palavra que aprendi foi Ausgang, raios, porque não colocam também exit?! Afinal é uma língua universal!

Depois de dois dias sem conseguir dormir bem encontro uma cidade escura, nebulosa, mas mais quente do que esperava. Finalmente chego ao local no qual vou chamar lar nos próximos tempos e encontro uma casa cheia de pinturas inspiradas no Keith Haring pelo corredor fora, com paredes amarelas, verdes, laranjas, brancas, com um pé direito altíssimo. Ok, depois de ver as pinturas começo a reparar que a casa não estava muito limpa, fico com nojo de tudo e só sinto vontade de voltar para casa. Ainda com vontade para descansar um pouco, mas o que tem que ser tem muita força, portanto, foi tempo de arregaçar as mangas e limpar, limpar, limpar... ufff agora sim, já me sinto um pouco melhor!

Primeiro lugar onde fui comer foi uma Hamburgueria estilo caseira, local pequeno e apenas com um funcionário por detrás do balcão pergunto ao senhor onde fica o WC, diz que não tem e pergunto se posso utilizar o lavatório ao lado da cozinha para lavar as mãos, mas diz que não e rapidamente agarra em papel absorvente de cozinha molha na torneira desse mesmo lavatório do qual não me permitiu acesso e dá-me para eu molhar as mãos... se a ASAE viesse aqui até esfregava as mãos! Como é que é possível um estabelecimento servir refeições e não ter um WC ou até um espaço para lavar as mãos? Sim, porque tinha que comer com as mãos. Curiosidade do local, as batatas fritas eram escuras, mas são mesmo assim e foi servido num retângulo de pedra de xisto. Pensei logo na Serra da Lousã e as suas casas típicas em pedras de xisto.

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