27/09/13

Capitães da areia

Ontem conhecemos duas portuguesas, combinámos ir ao cinema ver Capitães da Areia (trailer), romance escrito por Jorge Amado em 1937. Gostei do filme e gostei de ter conhecido outras pessoas nesta cidade enorme. Acabámos a noite a jantar num restaurante indiano (só faltou atirarem com a comida para cima de nós... achei-os meios rudes...).
Uma portuguesa é natural do Porto, vive cá faz 3 anos. A outra viveu apenas 3 anos em Portugal, é filha de emigrantes, já passou por muitos sitios diferentes e fala 5 línguas.

Falaram de um supermerdado Mitte Meer que vende produtos portugueses, por acaso um deles fica relativamente perto daqui e hoje fui até lá para conhecer. Têm produtos Portugueses, Espanhóis e Italianos. Peixe fresco inteiro e em filetes, congelados vários por exemplo, sardinhas, petingas, calamares, camarão...), vinhos, queijos e chouriços, bolachas, café, mel, panelas de barro e de frigideiras de ferro para as paelhas, cestos.
Produtos portugueses vi: vinhos (Casal Garcia mais caro do que em alguns supermercados), nestum, cerelac, bolacha maria, mokambo, café delta, sal integral e flor de sal de Castro Marim (1,69€ por 1 kg, não achei caro, comparado com outros sítios) e à saida na caixa registadora tinham uma vitrine com natas a 1€ cada e eram bem boas! No café luso-grego fazem umas meio manhosas e custam 1,70€ cada.

Amanhã o meu primeiro sobrinho faz anos e não me posso esquecer de lhe dar os parabéns! No ano passado deixei passar o dia dele... como é que é possível senhores!? Não foi por mal, mas aconteceu!


25/09/13

Acordar às 6h da matina com cantorias

Esta noite acordámos às 6h da madrugada a ouvir a australiana a tocar guitarra e a cantar alto... fui até ao quarto dela (como quem diz, fui até à cozinha), bati na porta e pedi para parar porque eram 6 hora da madrugada e nós queriamos dormir. Pediu desculpa do outro lado da porta.
Já na semana passada chegou tarde a casa e estava a falar super alto a meio da noite com o namorado. Fui até lá, fiz barulho ao abrir a porta do armário e apaguei a luz da cozinha, resultou, começaram a falar mais baixo. Fora os outros dias que faz barulho e vai cozinhar de madrugada assim que chega a casa.

As luzes são outro tema em debate aqui por casa. Assim que regressámos de férias, em pleno dia, encontrámos as luzes todas acessas, corredor, cozinha, casa de banho. E esta situação foi-se repetindo dia após dia. Ela sai todas as noites e deixa as luzes do quarto dela, da casa de banho e do corredor ligadas... achámos estranho e iamos apagando. Chegou o holandês e não gostou da brincadeira, então enviou um email para todos aqui de casa para termos atenção às luzes ligadas... a coisa continuou, até que ele retirou algumas lâmpadas da casa de banho e não disse nada a ninguém! Bem, isto mais parece a casa do Seu Nônô...

Agora de tarde a miúda entra em casa e deixa a porta da rua aberta! Olha só que perigo! Mais uma vez fui bater à porta para a chamar e dizer-lhe para ela ter mais atenção...

Passado um bocado voltei à cozinha porque estava a preparar a massa para fazer pão e ela tinha deixado um pacote e um bilhete em cima da mesa a dizer que pedia desculpa pelo que aconteceu esta madrugada e pedia para nós comermos. Eram fatias de bolo de côco que tinha comprado.

Por estas e por outras que estou farto disto! Quero o meu espaço de volta, as minhas coisas!

24/09/13

Reis, Rainhas e Príncipes

Acho que ainda não ilustrei os Reis, Raínhas e Príncipes que se vêem aqui pelas ruas. Os Reis são a grande maioria louros e de olhos claros, azuis mais precisamente. As Rainhas são maioritariamente pretas, algumas ferrugentas. E os Príncipes são estes: Buldogue Francês.
 

20/09/13

Abacateiro

Hoje partilho o que acabo de encontrar, como criar um abacateiro em casa pelas instruções do Caderno Branco: Depois de dois meses dentro de água o caroço do abacate criou raízes e mudámo-lo para um vaso com terra. Passados quatro meses temos uma das plantas mais bonitas que se pode ter em casa.

Fui investigar e deixo aqui um tutorial super completo e bem ilustrado passo a passo:

Hoje mais do que nos outros dias, sinto falta de ter o meu espaço, as minhas coisas... amanhã já será melhor!

19/09/13

Amo-te, Portugal

Amo-te, PortugalPortugal, 

Estou há que séculos para te escrever. A primeira vez que dei por ti foi quando dei pela tua falta. Tinha 19 anos e estava na Inglaterra. De repente, deixei de me sentir um homem do mundo e percebi, com tristeza, que era apenas mais um dos teus desesperados pretendentes. 

Apaixonaste-me sem que eu desse por isso. Deve ter sido durante os meus primeiros 18 anos de vida, quando estava em Portugal e só queria sair de ti. Insinuaste-te. Não fui eu que te escolhi. Quando descobri que te amava, já era tarde de mais. 

Eu não queria ficar preso a ti; queria correr mundo. Passei a querer correr para ti - e foi para ti que corri, mal pude. 

Teria preferido chegar à conclusão que te amava por uma lenta acumulação de razões, emoções e vantagens. Mas foi ao contrário. Apaixonei-me de um dia para o outro, sem qualquer espécie de aviso, e desde esse dia, que remédio, lá fui acumulando, lentamente, as razões por que te amo, retirando-as uma a uma dentre todas as outras razões, para não te amar, ou não querer saber de ti. 

Custou-me justificar o meu amor por ti. És difícil. És muito bonito e és doce mas és pouco dado a retribuir o amor de quem te ama. Até dás a impressão que tanto te faz seres odiado como amado; que gostas de fingir que estás acima disso, olhando para os portugueses de agora como o céu olha para os passageiros nos aviões. 

Já que estava apaixonado, sem maneira de me livrar - nem sequer voltando para ti e vivendo contigo mais trinta anos - que remédio tinha eu senão começar a convencer-me que havia razões para te amar. 

Encontram-se sempre. E, a partir de certa altura, quando já são seis ou sete razões que se foram arranjando ao longo dos anos, deixamos de amaldiçoar este amor que nos prende a ti e, inevitavelmente, começamos a sentir-nos, muito estúpida e secretamente, vaidosos por te amarmos. Como se fôssemos nós que tivéssemos sido escolhidos. 

Digo nós mas falo por mim. Digo eu sabendo que não sou só eu, que nós somos muitos. Possivelmente todos. Tragicamente todos, um bocadinho. Se calhar estamos todos, de vez em quando, um bocadinho apaixonados por ti. 

A tua pergunta bocejada, de país farto de ser amado, amado de mais, aborrecido com tanto amor, apesar da merda que tens feito e da maneira como nos pagas, é sempre a mesma: «Diz-me lá, então, porque é que me amas...» 

Pois hoje vou-te dizer. Não me interessa nada a tua reacção. Estás a ver? Já comecei a mentir. É sinal que a minha carta de amor já começou. 

Amo-te, primeiro, por não seres outro país. Amo-te por seres Portugal e estares cheio de portugueses a falar português. Não há nenhum outro país, por muito bom ou bonito, onde isso aconteça. 

Mesmo que não achasse em ti senão defeitos e razões para deixar de te amar, preferia isso, mesmo deixando de te amar, a que não existisses. 

Se deixasses de existir, o meu olhar ficava de luto e nunca mais podia olhar para o resto do mundo com os olhos inteiramente abertos ou secos ou interessados. 

Para que continuasses a existir, mesmo fazendo cada vez mais merda, trocava imediatamente ir-me embora de ti e nunca mais poder voltar e nunca mais poder ver-te, e nunca mais encontrar um português ou uma portuguesa, e nunca mais poder ler ou ouvir a língua portuguesa. 

E olha que este é um desejo que muitas vezes tenho. 

Esta é a única verdadeira prova de amor: fazer tudo para que sobreviva quem se ama. Mesmo que nunca mais te víssemos, Portugal, saberíamos que continuavas a existir, que as nossas saudades teriam onde se agarrar. Por muito que mudasses, mal te deixássemos e nunca mais te víssemos, já não mudavas mais.

Mesmo que não houvesse em ti um único pormenor que não houvesse nos restantes países do mundo, que são muitos; mesmo que houvesse um país escondido que fosse igualzinho a Portugal em todos os pormenores; mesmo assim eu amar-te-ia como se fosses o único país do mundo, diferente em tudo. 

Portanto, já viste, ó Portugal: não preciso de nenhuma razão para te amar. Amo-te sem razão. Amo-te às cegas, antes sequer de olhar para ti. Podes ser o pior país do mundo, ou o melhor, ou o mais monotonamente assim-assim. Não me interessa. Amo-te. Amo-te à mesma. Amo-te antes de falarmos nisso. 

Amo-te tanto que, quando perguntas porque é que eu te amo, não fico nervoso nem irritado. Não preciso de tentar dar uma razão convincente. Amo-te à mesma, fiques ou não convencido.

E, mesmo que te aborreças de ouvir todas as razões que tenho para te amar, eu continuarei a dizê-las, porque gosto de dizê-las e porque, que diabo, também eu preciso, às vezes, de me lembrar e de me convencer do quanto eu te amo. 

Amo-te mesmo que sejas impossível de conhecer ou de descrever. Isto é muito importante. O Portugal que eu conheço e descrevo é apenas o Portugal que eu julgo, se calhar, conhecer (pouco) e descrever (mal). 

Cada pessoa apaixonada por ti está apaixonada por um Portugal diferente do meu. Até o meu Portugal é, conforme os climas, bastante diferente do meu - para não dizer estrangeiro. 

Por exemplo, uma das razões por que te amo é o teu clima. Acho que tens um bom clima. Mas não julgues que há muitos portugueses apaixonados por ti que concordam comigo. Esses julgam o teu clima dia a dia e hora a hora e gostam dele, quando muito, vinte por cento do ano. Em cada cinco horas do teu clima, gostam de uma e odeiam quatro. 

Pois eu amo-te sem saber sequer se o teu clima é bom ou mau. Não tenho a certeza, mas não interessa: amo-te mesmo ignorando tudo a teu respeito. Amo-te mesmo estando completamente enganado. A pessoa convencida sou eu. Quem está convencido que ama, quando fala do seu amor, não quer convencer ninguém. Quer declarar que ama. Se é bom ou mau nem secundário é. Fica noutro mundo, onde vivemos. 

Como vês, não preciso de razões para te amar. Mas tenho muitas. E boas. A primeira delas é secreta e embaraça-me confessá-la: amo-te, Portugal porque, não sei como e contra todas as provas e possibilidades, acho que és o melhor país do mundo. 

Pronto. Está dito. É uma vergonha pôr as coisas de uma maneira tão simples. Mas era isto que eu estava há que séculos para te dizer: amo-te, Portugal, por seres o melhor país do mundo. 

Como vês não sou o romântico que estava a fingir ser, que te ama sem precisar de razões para isso. Tenho uma razão muito interesseira para te amar: acho que és o melhor país do mundo. Por muito relativista que eu seja noutras coisas, acho mesmo que tive sorte de nascer aqui. Em ti. Aqui, entre nós. 

Desculpa. 

Mesmo assim, insistes em perguntar: que tens tu de tão especial, que os outros países não têm? 

Essa íntima vaidade, por exemplo. Tu não és orgulhoso. Mas, muito bem disfarçada, tens uma vaidade sem fim. Dizes-te feio e vestes-te mal mas, quando passas por um espelho, espreitas e achas-te giro. E se alguém te diz que és feio e estás mal vestido, não ficas ofendido - achas que aquela pessoa é obviamente estúpida e não tem olhos na cara. 

Ou, pelo menos, não tem o discernimento e o bom gosto necessários para apreciar a tua oblíqua mas inegável formosura. A tua beleza, estás convencido, está reservada para os apreciadores. A ralé passa ao lado e não vê: deixá-la passar. 

A tua vaidade é tanta que até te permites um grande desleixo. Sabes que, na terra onde nada plantaste, há-de crescer um jardim preguiçoso que um dia será selvagem e bonito, sem qualquer esforço teu. Deus e o tempo trabalham por tua conta. 

Sabes que a tinta fresca salta muito à vista e que é cansativa. Esperas, despreocupado, pela beleza que há-de vir com a passagem dos tempos. E a vaidade que sussurra, preguiçosamente, a quem insista em aproximar-se: «Sim, eu sei que sou uma casa bonita e não, não me lembro da última vez que fui pintada. Eu cá não preciso de me abonecar.» 

Graças ao desleixo que a tua vaidade consente, mudas menos do que os outros países. As pessoas acham que és conservador, que és contra a mudança. Mas não é isso. És vaidoso e preguiçoso porque achas que não precisas de grandes esforços ou mudanças: sabes que continuas encantador. 

O teu desleixo também é causa de muito sofrimento mas não é numa carta de amor que vou falar dele. Também tem consequências agradáveis. 

Por exemplo, dizes que queres ser um país de primeira categoria. Mas sabemos todos que não queres. Gostas de ser de segunda, como gostas de não ser de terceira. Gostas de ter países melhores do que tu, para visitar ou invocar, quando fazes aquela fita de lamentar que não seja possível teres tudo o que tens de bom, menos tudo o que tens de mau, trocado pelo melhor que houver nos outros países. 

Tu não queres nada a não ser que gostem de ti. E não estás disposto a fazer nada por isso. Nem é preciso serem muitos a gostar. Se calhar, até te bastava um. Aposto que é essa a impressão que consegues dar a cada um dos desgraçados, como eu, que estão apaixonados por ti. 

Eu poderia perder anos a fazer um cuidadoso retrato de ti. Por muito verosímil que fosse, davas uma olhadela e dizias com desdém, a fazer-te caro ao mesmo tempo: «Isso não sou eu. Isso é outro país qualquer que inventaste...» 

É a tua maneira, Portugal amado, de garantir que continuaremos a tentar retratar-te. Tanto te faz que o retrato seja feio ou bonito, desde que seja de ti. 

Quanto mais variados forem, mais gostas. Até tu, nas tuas paisagens, varias e hesitas tanto e recusas-te a decidir, como quem não tem pressa e, no fundo, não escolhe nem decide, porque quer tudo. 

Preferias ser amado por quem tem razões para te odiar? Isso sei eu. Paciência. Eu amo-te porque mereces. Eu amo-te pelas tuas qualidades. Preferias não tê-las. Para que o amor fosse mais puro, mais contraditório, mais injustificável. Mas tens qualidades. 
Desculpa lá dizer-te isto, Portugal, mas amar-te é uma coisa simples. 

Amo-te, aconteça o que acontecer. Amo-te por causa de ti. Não é apesar de ti. É por causa de ti. Não há outra razão. Nem podia haver uma razão mais simples. 

Por muito que te custe ouvir (apesar de eu saber que não só não te custa nada como gostas de ouvir), digo-te: é tão grande o meu amor por ti que até consigo amar-te sem dar por isso. 

Já viste? 

Miguel 


Miguel Esteves Cardoso, in 'Jornal Público' (10 Junho 2011)



http://www.citador.pt/textos/amote-portugal-miguel-esteves-cardoso

Surreal...

Apanhei um susto hoje... estava na cozinha a preparar o almoço quando ouço gente a entrar em casa, vou ao corredor e vejo 3 pessoas, mas o que isto??? Um homem, uma mulher com um lenço na cabeça (deve ser turca?) e uma rapariga. Ele começa a falar em alemão, mistura com o inglês e gesticula, vêm limpar a casa! Mas agora estou a cozinhar disse, não há problema começamos pelo wc, disse o homem. A mulher tira o lenço coloca um barrete preto e entram os 3 no wc, falam entre eles...

Entretanto chamo o Peter, a Snow acaba por acordar e falamos os 3 na cozinha. Ela mostrou-me o contrato dela e está escrito que ela paga 20€ por mês para virem limpar de 15 em 15 dias. O dele deve ser igual. Vamos convocar a senhoria para uma reunião aqui em casa, uma vez que nunca responde aos emails e não é fácil falar com ela por telefone. Temos muitos assuntos para falar... o frigorífico é pequeno para tanta gente, os colchões são péssimos, a questão do contrato de internet não estar em nome dela, e que não é necessário virem limpar a casa (deviam ter visto a casa quando aqui chegámos... ai sim deveria ter colocado alguém para limpar) e o facto de os quartos não terem chave e as pessoas entram aqui em casa assim quando querem... queremos uma chave na porta do quarto!

Em menos de uma hora fazem a limpeza e vão embora da mesma forma que aqui entraram, sem dizer nada.
O meu conceito de limpeza é diferente desta gente que limpa casas...

18/09/13

Chaves

Como a senhoria não aparece para dar uma cópia das chaves ao holandês, fomos fazer umas cópias que serão descontadas na próxima renda. Pela primeira vez vejo uma loja tradional a emitir uma factura da venda, mas também não é para mais com estes valores, ufff super caro, então 2 chaves normais e uma chave pequena da caixa de correio foram 28€ e uns trocos... o senhor da loja pegou num frasco e deu-nos a escolher uns pacotinhos eu agradeci e tirei um e o Peter tirou outro, eram mini pacotes de gomas Haribo. Como estes preços bem que pode oferecer estes mimos aos clientes!

Quando vamos ao supermercado, todos procuramos o mesmo, o conforto dos produtos que já conhecemos. Por exemplo, ontem o Peter procurava queijo verdadeiramente holandês Gouda e Parmesão à séria. Nós fazemos o mesmo, procuramos aquilo que nos dá maior conforto, se bem que também gosto de experimentar coisas novas de vez em quando (aqui, que remédio tenho eu!).

O bacalhau não fez grandes amigos aqui por casa enquanto demolhava durante as 48h, pois o cheiro era intenso... tentei explicar que nós adoramos bacalhau e cozinhamos de diferentes maneiras...
Peter contou que os pais dele não cozinhavam peixe, logo, não lhe dá a devida importância (come douradinhos... mas isso não conta). A australiana contou que o seu melhor amigo é de descendência luso-africana, mas nunca ouviu falar em tal peixe.

Hoje chegou uma carta da polícia e pelo que foi possível traduzir diz que a investigação solicitada no dia 13/7/2013 não teve sucesso... isto quer dizer o quê? Caso encerrado? Snif, snif, snif... :( Na semana passada vi uma do mesmo modelo, mas de outra cor. A minha era bem mais gira... :(

17/09/13

Os dias estão mais pequenos

Foi surpreendente ver o dia a começar às 4h da madrugada e terminar às 22h da noite. Agora o tempo é outro, já parece Outono, amanhece pelas 6h e às 20h já é de noite. No próximo mês muda a hora, os dias ficam ainda mais curtos e eu não gosto nada desta mudança :(
Por aqui já se liga o aquecimento à noite...

Com este tempo mais frio o meu anel fica largo no dedo e sai tão facilmente, basta lavar as mãos e ao sacudi-las sai... com o tempo quente em portugal, as mãos estavam mais inchadas.

Simpatizamos com o novo colega de casa e como é a sua primeira vez na cidade, voltei a sair com ele para lhe mostrar alguns sitios daqui do bairro e ajuda-lo a fazer alguma coisas, tais como, indicar onde fica o Burgeramt, algo semelhante a uma Junta de Freguesia para se registar cá, depois a comprar cruzetas e uma almofada para dormir, tarefa difícil por aqui, por não terem muitas lojas com este tipo de material e quando tinham cruzetas ele comprava o que existia por lá. Mas as almofadas foi a melhor parte, estes povo dorme em almofadas gigantes 80x80cm e nas camas de casal cada pessoa tem o seu edredon, tal como ilustra a fotografia que retirei da internet. A senhora da loja disse que só no Ikea é que ia encontrar outros tamanhos (que para nós são os normais para dormir), mas acabou por comprar uma outra de 40x80cm para a qual não tinha fronha... o Ikea fica longe, embora existam 3 na cidade.
Ele consegue ler alemão, mas não sabe falar, acaba por falar em inglês com toda a gente. A sua namorada é mexicana então sabe um pouco de castelhano.


16/09/13

Somos quatro

Acho que ainda não tinha dito que a pessoa que vinha aqui para casa, a que tinha dois gatos, não chegou a vir, a senhoria colocou-a noutra casa onde os gatos seriam bem-vindos, uff que alívio que foi para nós os três na altura. Entretanto, o outro rapaz alemão saiu e entrou uma australiana para o quarto cozinha no ínicio do mês e ontem recebemos uma sms a dizer: "Chego hoje à noite". Ignorámos a sms por não conhecermos a pessoa... ontem à noite esse mesmo número ligou a dizer que estava à porta de casa e pensámos que alguém iria ver o outro quarto vago, mas não, esse rapaz ia entrar na casa... mas então a senhoria não avisa? Não entrega as chaves ao rapaz...enfim. Ele também a achou esquesita! Já não somos só nós.

A casa está cheia com 3 nacionalidades e todos cozinham... raios! Isto vai ficar mais caótico do que era.

Hoje demanhã saio cedo para ir fazer umas compras e volto para casa para actualizar o blog, quando Peter, o holandês, bateu à porta do quarto para me perguntar onde ficam os supermercados mais perto. Ofereci-me para sair com ele e mostrar-lhe as várias opções aqui perto de casa. Pelo caminho pratico o meu inglês e ele corrige-me quando a coisa não bate certo e eu agradeço por isso! :)

Em conversa, tentei explicar como encontrei a casa quando cheguei e ele torceu o nariz e disse que também gostava das coisas limpas!!! Ufff que alívio! Haja alguém que seja limpo ou que goste de ter as coisas limpas!!!

Update: volta e meia somos 5 quando o amigo da australina dorme cá...