03/10/13

Cidade Potsdam

Hoje é feriado, celebra-se 23 anos da reunificação da alemanha.
Reportagem da Euronews em 2011 sobre os 50 anos da construção do Muro de Berlim, ver aqui.
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Tinhamos reservado um Clio e recebemos um Luigi ehehehe um Fiat 500 preto, novo, apenas com 700km e fomos até Postdam que fica a 40 km de distãncia de Berlim. Teve uma manhã fria com 3 graus, mas com sol! ;)

No posto de turismo comprámos uma visita guiada por alguns pontos de interesse na cidade e pagámos 56 euros pelos dois com direito a um guia bilingue alemão e inglês.

Tivemos que fazer tempo até às 11h10, vi uma bicicleta do mesmo modelo que a minha, mas em verde metalizado. Bebemos um café e tive vontade de ir ao wc, tive que pagar 0,50€ no wc da estação de comboios que mais parece um centro comercial.

Ponto de encontro com o guia foi no posto de turismo, chegou, não conferiu os bihetes e só disse qualquer coisa parecida com: vamos?! Estavam +- umas 20 pessoas e fomos todos as trás dele até ao autocarro e demos inicio à visita guiada por uma parte da cidade.

No autocarro, o guia apresenta-se como Kevin qualquer coisa e faz uma piada, ah e tal o meu pai é americano, militar e deixou uma sementinha aqui na alemanha... pois, não tem um nome tipicamente alemão. Era professor de história e tinha uma capacidade incrível de falar alemão e continuar à mesma velocidade em inglês e voltava ao alemão e voltava ao inglês e sempre a um ritmo alucinante desde 11:20 até às 14:20h ufffaa... Gostámos deste dia, foi diferente, deu para ver coisas incríveis e aprender alguma coisa nova. Mas confesso que me irritou um bocado a história do guia ser bilingue e estar sempre a trocar a língua constantemente... perdi muito informação com isto... distraía-me quando tentava perceber o que dizia em alemão (em vão, claro) e com aquela entuação alemã severa e assustadora ao mesmo tempo!


O que nos contou sobre a cidade Potsdam:

  • Apenas 1% da habitação construida está disponível para alugar.
  • Estatisticamente o desemprego é inexistente e é mais frequente um Berlinense ir trabalhar para Postdam do que o contrário.
  • As elites moram todas ali, apresentadores de TV, politicos, milionários, arquitectos, advogados... apesar de ninguém saber em que casas. A habitação chega aos 10 euros o metro quadrado.
  • Os alemães aproveitam tudo, recuperam tudo, o que eram hospitais, quarteis militares, um orfanto (que chegou a ter 2000 crianças, agora já não existem) são habitações de luxo hoje em dia.
  • Vimos a creche mais cara do pais, custa 1000 euros por mês e têm tudo de bom, por exemplo, alimentação macrobiótica, etc... tentar ler o que diz na placa da foto, no jardim.
  • Postdam não tem muito turismo, comparado com Berlim, mas também não "precisa" dele para se manter, o mesmo já não se passa com a capital, que vive essencialmente do turismo.
Após a guerra a população estava reduzida, era preciso construir habitações e aumentar a população. A cidade tem muita água e os holandeses sabiam construir sobre este tipo de terrenos, então convidaram o povo holandês a ir para lá morar para trabalhar e constituir familia, dando algumas regalias, construiram um bairro estilo holandês para se sentirem em "casa". "... o bairro Holländisches Viertel, o "bairro dos holandeses", onde o charme e o estilo de vida da cidade mostram seu lado mais agradável: pátios internos decorados cuidadosamente, cafés, bares extravagantes e galerias de vanguarda convidam a um passeio e a passar aqui algum tempo." ler mais sobre Postdam. E ainda um video.
    Vimos por onde passou o muro de Berlim, ainda em Postdam...

    Visitámos os jardins do Palácio Cecilianhof que mais parece uma casa de campo. Foi aqui em 1945, durante a Conferência de Postdam com Stálin (União Soviética), Churchill (Reino Unido) e Truman (Estados Unidos) definiram o rumo da Europa (e do mundo) após o fim da II Guerra Mundial. Resultou o acordo que dividiu a Europa, a partir da Alemanha, em dois blocos – capitalista e comunista. Na prática, o encontro dos aliados em Potsdam, que supostamente selaria a paz mundial, foi a semente da divisão, da qual resultou a Guerra Fria, a Cortina de Ferro e o Muro de Berlim, com todos os conflitos políticos, humanos e sociais historicamente conhecidos.
    Aqui fizémos uma pausa para ir ao WC e mais uma vez cobraram 0,50€.

    Visitámos o Palácio Sanssouci, palácio de verão do rei Frederico O Grande, rei da Prúsia. Tinha várias salas, todas elas com decorações diferentes, grandiosas e algumas monstruosas, com muitas lareiras ficticias. O rei não gostava que as mulheres ali entrassem no palácio, numa das salas tinha mandado construir bancos corridos forrados a um tecido cor de rosa claro e onde era impossível as mulheres se sentarem pela pouca profundidade do assento mais os seus longos e largos vestidos da época.
    Curiosidade, não era permitido tirar fotos com flash, ok, até aqui tudo bem, mas também não se podia tirar fotos, apenas mediante um pagamento de 3 euros.

    O rei tentou convencer os agricultores a cultivarem batatas, mas estes não queriam. Hoje em dia os alemães são loucos por batatas. No túmulo do rei, que fica no jardim do palácio Sanssouci, as pessoas atiram batatas e flores.

    Para ver outras fotos da internet sobre este palácio.







    A visita guiada acabou por aqui.

    Antes de entrarmos no palácio, passámos por um moinho de vento onde moem farinha e dá para comprar o pão... acabei por não voltar lá depois da visita do palacio porque saimos por outra ponta do jardim e fomos ao centro da cidade até uma rua que pertence ao Kadewe (é um centro comercial, estilo El Corte Inglês).

    Andámos a pé até ao Palácio de Mármore... mas só dava para visitar com um guia e a última visita já tinha começado há 10 minutos sendo que é estimado um visita de 50 minutos desistimos de entrar e voltámos a pé até ao centro.
    O preço da visita com guia estava incluido passagem diária de autocarro. Aproveitámos e fomos dar uma volta no 606 acabámos por ver alguns pólos da Universidade de Postdam e o Novo Palácio. Temos que voltar noutro dia, ficou muita coisa para ver!
    Fomos até Dessau dormir.

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