19/07/13

Eu e a bicicleta

Hoje acordo com um telefonema da O2 às 8h certinhas da manhã só para confirmar os dados e que iriam fazer a instalação da internet no dia 24/6. Ah, afinal vão ser só duas semanas de espera, ufff menos mal. Tomo o pequeno almoço e saio para andar de bicicleta, sem rumo, viro à direita e depois à esquerda, sigo sempre em frente pela ciclovia, apanho tamanho susto pois um carro estacionado à direita da ciclovia abre a porta de repente, afasto-me para o meio da ciclovia em vez de ir tão junto à direita. Ando mais uns metros e pumba abrem outra porta de outro carro e penso, mas será que não olham para ver se vêm lá bicicletas? Confesso que até então tinha vontade e algum receio de andar de bicicleta nesta cidade louca com tantos ciclistas, mas hoje saio descontraído e relaxado depois de ter andando a analisar o comportamento dos ciclistas nas ruas, mas uma coisa é ver outra coisa é sentir na pele.

Continuo sempre em frente abrandando em todos os cruzamentos, chego rapidamente a locais por onde tinha andado a pé a descobrir o bairro e redondezas, ena já aqui estou? - pensei. Passa por mim uma senhora toda equipada e concentrada no caminho e segue sempre em frente e decido segui-la sem saber muito bem para onde iria dar. Como não conheço isto decido ir sempre em frente, porque assim encontraria bem o caminho de volta, sim porque a pé já me tinha perdido e estava tão perto de casa... foi uma sensação desagradável. Quando dou por mim vou reconhecendo alguns locais e pontos de referência que se avistam do Ring. Ah já estou aqui? Continuo sempre em frente e verifico que nos grandes cruzamentos os automobilistas são muito atenciosos com os ciclistas e dão sempre prioridade, já o mesmo não acontece com os peões, seres estes invisíveis para tais criaturas ao voltante, ninguém pára para dar passagem aos peões que estão na “passadeira”, ah pois, aqui não há passadeiras zebra, apenas duas linhas junto do passeio e um peão desenhado no chão e nem sempre estão visíveis. Em Coimbra também era um pouco assim, mas já em Lisboa 98% dos automobilistas davam passagem aos peões.

Pelo caminho percebo que existem ciclovias e ciclovias “autoestrada”, chamo-lhe assim porque algumas são estreitas, outras passam pelo passeio e outras são largas e ainda com uma separação entre o estacionamento dos carros, ou seja, se abrirem a porta existe espaço para isso sem interferir com o andamento do ciclista. Encontrei obras pelo caminho e o que fazem? Desvio para os automóveis e desvio da ciclovia, tudo marcado no chão, tratamento igual.

Sigo sempre em frente e vou ter perto da zona onde tinha comprado a bicicleta só tinha que subir no elevador e passar por cima da linha do comboio numa passagem aérea. Uau, já aqui estou? Ter uma bicicleta nesta cidade dá muita liberdade.

No regresso para casa paro no supermercado para comprar salada para o almoço, saio e volto a preparar-me para continuar viagem, ou seja, tirar cadeado e sinto falta de qualquer coisa, tipo só isto? Não me falta nada? Não estou a esquecer-me de nada? Talvez o cinto de segurança? Ai, ainda estava em modo de automobilista! Vou para casa esfomeado, sim porque andar de bicicleta abre o apetite, preparo o almoço a aguardo a companhia para almoçar. Não me calei durante o almoço todo, a falar da minha experiência de andar de bicicleta pela cidade. Foi o G. que me sugeriu criar este blog a relatar as experiências vividas por estes lados. Acabámos o almoço e saímos a caminhar, fiz 30 minutos e voltei para casa arrumar a cozinha e começar a escrever estes posts, assim que estiver online outra vez vou abrir o blog com isto que agora me vou lembrando e que queria te contar. Ainda ai estás? Voltas amanhã?

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